19 de abril de 2011

Você precisa ouvir aquela canção do Roberto!



     
      Que me perdoem os chatos de plantão, mas Roberto Carlos é fundamental! Cresci ouvindo as canções do Roberto e não me canso de ouvi-las... acredito que seguirei ouvindo, ouvi-lo é uma daquelas coisas que se passa de mãe para filha. 
      Roberto Carlos completa 70 anos de vida e já completou 50 anos de carreira! Nesse ano já foi até enredo de escola de samba, e ano após ano mantém seu status de rei de nossa música. Há pessoas que não escutam suas músicas, há os que julguem as suas canções pobres ou bregas, há os que dizem que ele faz há anos o mesmo show, as mesmas músicas, que não se renova... respeito a opinião, mas sinceramente, se tratando de Roberto Carlos isso é besteira.
      Ele foi o rei da Jovem Guarda e namorou esse tal de rock'in'roll... era uma brasa, mora? Teve mil garotas e fez o tipo lobo mal, ele foi o tal! A onda do iê-iê-iê foi passado e o lado romântico de Roberto Carlos florescendo. Em 1968, Roberto foi passear lá na Itália apresentado a canção Canzone per te no festival de San Remo e muita gente, do lado de cá ficou enciumada. É, muita gente falou mal de RC, criticavam o cantor popular que estava nascendo.
      Roberto Carlos virou rei! Ou será que já era? Difícil dizer quando ele virou majestade, acho que foi rei desde sempre... E o pessoal da música "cabeça", "engajada", "erudita" teve que engulir a seco o fato de que, no Brasil, um rei é posto no trono pelo povo. E ano após ano, o trono desse rei que gosta de trajar azul está garantido. Tem-se que tirar o chapéu, aqui, manter-se nesse posto por tanto tempo é algo para poucos. Nosso rei tem fãs de todas as idades, de ambos os sexos, de todas as regiões, com todos os sotaques, de todos os credos, de todas as classes sociais... Roberto Carlos não divide tribos, tem para todos os gostos! RC compôs canções bregas?! Sim, é claro... não gosto da fase das mulheres: de 40, de óculos, baixinha, gordinha... nem de concâvo ou convexo! Mas que se faça justiça, há lindas e lindas canções de amor. Os amores de Roberto são muitos, de todos os tipos também... O amor de filho para mãe, de amigo para amigo, amores vividos, amores sonhados, amores companheiros, amores traídos, amores ressentidos, amores perdidos, amores que já estão em outro plano. E, por mais que você relute, uma dessas canções vai tocar seu coração.
      Sou fã de Roberto Carlos, não tenho vergonha nenhuma em assumir... Não perco o especial de final de ano por nada nesse mundo, e choro, choro, choro... todas as vezes. É, ele é desses cantores que tocam nossa alma, com letras que traduzem seus sentimentos, coisas que se queria dizer para alguém... É o popular, com os sentimentos mais profundos que se pode ter! Gostanto ou não... reverencie, ele é o rei!
     
    

16 de abril de 2011

Me lembrou Carlitos...






      A Comédia, segundo Aristóteles, trata dos homens inferiores, isto é, trata de homens comuns (questões do dia a dia, rotineiras) ao invés de tratar sobre os deuses. Aristóteles não poderia prever que séculos depois o mundo ganharia um Deus da Comédia. Um homem comum que fez do gênero cômico uma arte elevada, um homem que tornou-se um dos mais aclamados atores e cineastas da História. Esse deus atenderia pelo nome de: Charles Spencer Chaplin.
      Charles Chaplin ficou famoso pelo seu personagem principal: The Tramp, ou Charlot, ou Carlitos, ou O Vagabundo. E que vagabundo mais adorável o cinema nos deu! O andarilho mais gentleman de todos os tempos, trajava um fraque preto (todo surrado), calça larga demais para seu corpo, sapatos gastos e grandes demais, um velho chapéu-coco, uma bengala e usava um bigodinho, além de ser dono de um andar todo seu.
     Chaplin nasceu em 16 de abril de 1889, em Londres e estaria celebrando 122 anos de vida. Em 1913 muda-se para os EUA onde inicia sua carreira no cinema. No começo, Chaplin que havia crescido no teatro vitoriano, teve dificuldade para adaptar-se a esse meio. Com o tempo, ele mesmo dirigiu e produziu seus filmes e assim, dominou a 7ª arte como ninguém. Charles foi deixando o pastelão de lado e introduzindo sentimentalismo ao gênero. A comédia de enganos, o personagem que gozava dos outros e dava-lhes pontapés e tijoladas também foi ganhando emoção, afeto e uma dose de pathos. Seus filmes, em um timing perfeito, nos causam o riso e o choro, a alegria e a emoção. Que outro vagabundo poderia ter causado mais afeto em seu público? Havia também um tom de crítica em seus filmes, crítica à modernidade e aos regimes ditatoriais.
      O país em que se consagrou artisticamente, tratou-lhe mal. Na era do macarthismo foi acusado de atividades anti-americanas, incluido na lista negra de Hollywood. Muito disso foi causado pelas especulações e boatarias da chamada impressa-marrom. Em 1952 o visto de emigração de Charles Chaplin foi revogado pelo governo americano, que se aproveitara de sua viagem ao Reino Unido para divulgação de um filme. Chaplin, então, exila-se na Suíça.
      Vinte anos depois, Carlitos retorna aos EUA para receber um Oscar Honorário e foi ovacionado em pé por cerca de dez minutos. Será que nesses aplausos, havia um certo pedido de perdão por parte daqueles que lhes viraram as costas anos antes? O olhar de Chaplin, embaixo do telão que exibia imagens de seus filmes, assistindo a essa homenagem com os olhos marejados é algo marcante. Nessa época sua saúde já ficava debilitada e cinco anos depois, aos 88 anos, em uma noite de Natal as cortinas do mundo fecham-se para ele.
      Chaplin jamais será esquecido, seu clássico andarilho será eternamente lembrando, assim como seus clássicos filmes: Vida de cachorro, O Garoto, Pastor de almas, Em busca do ouro, Tempos modernos, O grande ditador, O circo, Luzes da cidade e Luzes da ribalta, Um rei em Nova York, etc. As canções de seus filmes também sempre embalarão nossos corações.
      Chaplin nos ensinou muitas coisas, e principalmente, nos ensinou que apesar de todas as adversidades nunca deveremos deixar de sorrir. Como não abrir um sorriso com Carlitos? Obrigada por tudo Sir Charles Chaplin!

2 de abril de 2011

Dia do livro infantil - Hans Christian Andersen






      O escritor dinamarquês, Hans Christian Andersen, completaria 206 anos de vida. Obviamente, nenhuma pessoa chega com vida nessa idade, mas a sua obra e o seu legado sim. Grandes escritores tornam-se imortais através de sua obra.
    Andersen é um dos principais nomes da literatura infantil, sua obra tem encantado crianças de todo o mundo através do decorrer da História. Entre suas mais famosas obras estão: A princesa e a ervilha, A pequena vendedora de fósforos, A roupa nova do rei, A polegarzinha, O soldadinho de chumbo, O patinho feio e A pequena sereia.
    O escritor nasceu em uma família muito pobre, mas a vida humilde que levou não o impediu de criar histórias ricas em imaginação e valores. Foi ele a primeria voz a criar doces histórias para as crianças. Sim, Andersen criava histórias como ninguém havia feito. Antes a literatura destinada ao público infantil e juvenil era feita por compiladores (como os irmãos Grimm), isto é, pessoas que registravam contos e histórias populares, e os reuniam em livros.
    A magia dos contos de fadas, sobretudo, dos contos criados pelo autor aqui homenageado está no fato de eles serem atuais e, ainda mais, nos mostram que a fantasia pode educar. Sim, as lições passadas nesses contos podem ser usadas em nossa atualidade.
     O conto do patinho feio, pode ser um dos primeiros registros de bullying. Um patinho que não se encaixava nos padrões dos demais, era rejeitado pela mãe, pelos irmãos, todos o maltratavam: chamavam-no de feio, o rejeitavam e o perseguiam. O conto também fala de superação, o patinho foge, procura um lugar em que seja aceito, vai crescendo, até encontrar um grupo de belos cisnes que o aceita, o patinho feio havia se tornado um belo e imponente cisne. A beleza nasce quando menos se espera, portanto, não desdenhe se não puder enxergá-la antes.
    Em a roupa nova do rei, Andersen abriu os olhos daqueles que são cegados pelo poder (opressor e oprimidos), desnudou a realeza e nos mostrou o quão puro é olhar de uma criança, único ser capaz de dizer a verdade sem temor.
    O amor e tudo que o cerca também esteve presente em seus contos: o amor sem final feliz entre O soldadinho de chumbo e a sua bailarina, o amor que depende de provas como em A princesa e a ervilha, o amor maternal e o amor que precisa lutar e reencontrar o ser amado estão em A polegrazinha e por fim, o amor incomensurável e de abdicações que encontramos em A pequena sereia.
    Que a data de hoje, seja sempre celebrada! Não apenas para lembrar Hans Christian Andersen, mas para celebrar todos os escritores de literatura infantil e juvenil. Todos aqueles que colocam o universo das crianças na ponta do lápis, tornando a fantasia, a imaginação, os sentimentos e as lições de vida coisas palpáveis. Que a literatura infantil mantenha sua qualidade, pois a formação das pessoas também depende muito do que leram na infância.